sábado, 25 de dezembro de 2010

Dias 27 e 28 (com dicas)

Pedimos desculpas pela demora neste post, mas nossos planos acabaram se alterando.

Havíamos planejado sair de Buenos Aires para o Uruguai. No entanto, não conseguimos comprar bilhete para o buquebus, que já estava lotado no dia 24/12. Então, resolvemos antecipar nosso retorno e passar estes últimos dias de férias com nossas famílias em Apucarana e Maringá.

Deixamos Buenos Aires às 11h do dia 24/12 e chegamos a Apucarana às 11h do dia 25/12. Sim, passamos a noite de natal na estrada, mas, de qualquer forma teríamos de passá-la em algum hotel no Uruguai. Então, resolvemos por o pé na estrada para chegar logo.

Neste trecho, foram, aproximadamente, 1800km percorridos em 24h, com 2h de descanso em Foz do Iguaçu. Foi bem cansativo pela distância e, também, por ser uma boa parte do caminho percorrido à noite. Na província de Entre Rios, fomos parados duas vezes pela temida e mal-afamada Policia Caminera. Passamos ilesos, com a graça de Deus, porque tínhamos todos os itens de segurança e documentos necessários.

Ainda teremos que retornar a Curitiba após o reveillon, mas consideramos quase encerrada esta jornada. Foram 28 dias no total, em que percorremos, aproximadamente, 14000km pelas mais diversas paisagens: de planícies desérticas a precipícios andinos nevados; a maior temperatura 40 graus, próximo a Buenos Aires; a menor, -1,5 grau, em Ushuaia. Em muitos lugares percebemos perigos (guanacos que cruzavam a estrada; trechos de rípio muito ruim; neve na pista no Paso Garibaldi), mas, com a graça de Deus, não tivemos nenhum problema mecânico, nenhum pneu furado, absolutamente nada que pudesse nos atrasar ou atrapalhar; e olha que não faltou ocasião para isso. Eu estava particularmente preocupado com os trechos mais desertos da Rota 40, pois qualquer problema demandaria conseguir ajuda a centenas de kilômetros; mas, com a proteção de Deus, nada de grave ocorreu.

Agradeço a todos vocês, que acompanharam este blog, o qual foi pensado para enviar notícias à família, mas que acabou recebendo milhares de page views. Em retribuição à ajuda que tivemos para planejar a viagem, em breve vamos editar as postagens para incluir dicas detalhadas, passeios, etc, como forma de incentivar outros a também saírem do conforto de suas casas para conhecer novos lugares! Podem madar suas perguntar pelos comentários, que teremos prazer em responder o que estiver ao nosso alcance.

A última foto do blog é do ocaso do sol, próximo a Paso de los Libres, na Argentina, no dia 24/12. Naquele momento se iniciava mais um sábado, dia em que paramos para agradecer a Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo, morto e ressurreto para perdão de nossos pecados. Ali na estrada fizemos nossa meditação e agradecemos pela vida, pela paz, pela saúde e pela viagem que estávamos, então, concluindo.

Um abraço.

DICAS:

  1. O Buquebus deve ser comprado com a maior antecedência possível. Assim você economizará e garantirá o seu lugar!


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dia 26

Acordamos cedo hoje e fomos levar o carro à Espasa, concessionária VW, para revisão de rotina, troca de óleo, filtros, etc. Pegamos um taxi de volta para a região da Calle Florida e confirmamos aquilo que havíamos visto ontem: próximo do natal, aquilo é um inferno! E a temperatura de quase 40 graus ajuda a confirmar isso!

Bom, de qualquer forma, como brasileiro adora uma "muvuca", estão desembarcando aqui em massa. Onde quer que se olhe há um turista brasileiro. Durante o almoço, quase todas as mesas que nos cercavam no restaurante estavam ocupadas por brasileiros; a mesma coisa agora no jantar, só que agora os únicos argentinos lá eram os garçons e o cozinheiro!

Após o almoço, caminhamos até a Recoleta, mas a alta temperatura tornou o passeio nada aprazível. Uma simples caminhada de 10 quadras se tornou um suplício e ao chegarmos ao Shopping Design, a vontade de passear já tinha ido embora. Fomos só um pouco adiante para tirar foto da Flor Genérica, mas até isso foi difícil: assim que vimos a flor, fizemos alguns retratos e fomos embora, pois para andar em volta dela teríamos que ficar ao sol; e isso não dava, mesmo!

Pegamos um taxi até a concessionária para buscar o carro e voltamos ao hotel para descansar.

Amanhã seguiremos para Colonia del Sacramento, no Uruguai, onde passaremos o Natal. Espero que consigamos encontrar hotel, pousada, hosteria, alguma coisa, pois não temos reservas!

Abraços e Feliz Natal a todos vocês!


Plaza San Martin.

Recoleta "em chamas".




quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dia 25

Dia de estrada, novamente. Saímos de Gov. Acha e já estamos em Buenos Aires. Instalamo-nos no Hotel Dazzler Tower. Demos uma volta pela Calle Florida voltamos para descansar. Este centro está uma loucura: pensa na 25 de março (SP), inclusive os ambulantes... só que com um monte de argentinos!

Amanhã o golf vai para a revisão após vários milhares de km rodados. Em seguida, vamos para o Uruguai, no caminho de volta para casa.

No photos today. Sorry folks!


DICAS:

  1. Próximo a Buenos Aires (70km) a estrada ficou bastante congestionada e não melhorou muito mais. O trânsito da capital argentina é bem estressante... Muita atenção com os vizinhos e não dispense o GPS.
  2. O hotel escolhido foi muito bom! Um pouco mais caro, mas bem no centro, com estacionamento e wi-fi inclusos, além do melhor desjejum da viagem!
  3. A revisão do carro na Espasa, concessionária Volkswagen, foi tranquila. Em virtude de eles também terem o mesmo golf que nós (exceto por não serem bi-combustível), todas as peças e componentes estavam disponíveis a um preço similar ao do Brasil.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dia 24 (com dicas)

Hoje foi dia de estrada, entao, não temos muitas fotos. Saímos às 7h de Villa la Angostura e chegamos às 19h em Gov. Acha. Foram "apenas" 900km, um dia tranquilo de estrada.

Além das paradas "estratégicas" pelo caminho, passamos em El Chocón para conhecer o MEB - Museo Paleontologico Ernesto Bachmann. El Chocón é uma vila minúscula no meio do deserto, onde foi descoberta, em 1993, a ossada do maior dinossauro carnívoro do mundo, o "titanossauro". Seu crânio media 1,80m de comprimento! Também há no museo uma vértebra e um fêmur do maior dinossauro herbívoro do mundo "argentinosauro huinculensis", que media 40 metros e pesava 90 toneladas.

Amanhã, chegaremos a Buenos Aires, onde vamos ficar um dia para a revisão de rotina do carro.

Abraços.

DICAS:
  1. O Museu Paleontológico em El Chocón vale a pena ser visto, mas você não vai gastar muito tempo lá, pois é bem menor que aquele outro visitado em Trelew.
  2. A estrada continha alguns trechos longos sem posto de combustível e em meio ao deserto. Tome precauções levando lanche, água e mantendo o tanque sempre cheio.















segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dia 23 (com dicas)

Que dia bonito amanheceu hoje: tempo claro, céu azul e sem vento. Fomos para o porto tomar o barco para o Bosque dos Arrayanes. Apenas 45min de barco e lá chegamos. Então, é... um bosque... de árvores com o tronco em cor de "canela". É isso. Na verdade, a natureza aqui é tão bela e em todo lugar, que um lugar fantástico é apenas "mais um".

Depois do almoço, fomos até o Cerro Bayo, que abriga a estação de esqui no inverno. É claro que estava fechada, mas fomo pelos mirantes e pela Cachoeira do Rio Bonito.

De volta à cabaña, aproveitamos para descansar e aproveitar o sol, que só se poria às 22h. Este é, realmente, um lugar abençoado: um chalé no meio de um bosque gramado, com passarinhos cantando: um sossego.

Amanhão sairemos cedo em direção a Buenos Aires e, depois, ao Uruguai.

Abraços.

DICAS:
  1. O Bosque de los Arrayanes é, realmente, muito bonito, como toda a paisagem da região. Vale a pena visitar. Todavia, não espere algo extraordinário. A grande atração fica por conta das árvores de cor canelada, exclusivas de lá.
  2. É possível fazer o passeio saindo da Bahia Mansa ou da Bahia Brava. Naquela, os catamarãs são maiores; nesta há apenas um barco menor, para 20 pessoas, o que foi muito conveniente. Ao contrário do nome, as águas não estava "bravas"; ao contrário, estavam bastante calmas e o passeio, em menor número de pessoas, foi muito agradável.
  3. É bom levar um lanche leve, pois o passeio todo pode durar mais de 4h e a lanchonete que existe no bosque não oferece muita coisa, além de poder estar eventualmente fechada.
  4. Não pudemos conhecer bem o Cerro Bayo, que estava fechado, fora de temporada. Assim, deixo o espaço para aqueles que conheceram o local no inverno postarem seus comentários abaixo.


Porto da Bahia Brava

Porto do Bosque de los Arrayanes

Vista do lago

Passarela do Bosque

Detalhe do tronco de um arrayane

Lanchonete e loja de souvenirs

Porto da Bahia Brava

Truta com batatas

Cordeiro com fritas

no comments...

Villa la Angostura

Cabaña

Jardim

Cascata do Rio Bonito, no Cerro Bayo

Vista desde o Cerro Bayo

















domingo, 19 de dezembro de 2010

Dia 22 (com dicas)

Amanheceu garoando aqui em Villa la Angostura. Fomos até os dois portos; Bahia Mansa e Bahia Brava, mas não nos animamos a ir até o Bosque de los Arrayanes. Resolvemos, então, ir de carro até S. Martin de los Andes, 110km a nordeste. Logo no começo da estrada, o Rio Correntoso, que une os lagos Correntoso e Nahuel Haupi mostrou uma beleza inigualável pela clareza de suas águas. É o menor rio do mundo (segundo informações locais) com, apenas, 180 metros.

A estrada também proporciona um espetáculo à parte: montanhas, lagos, rios e cascatas a acompanham por todo o percurso até S. Martin de los Andes; inclusive vacas e cavalos, que passeiam tranquilamente por ela...

Como dissemos, o tempo não estava muito bom hoje, e em S. Martin estava ventando muito. Paramos alguns momentos em uma heladeria chamada Mamusia. Pedimos um sorvete de dulce de leche extremo, depretensiosamente. Que coisa fantástica: um sorvete artesanal de doce de leite, com amêndoas caramelizadas. Muito bom!

Voltamos a Villa la Angostura, jantamos e fomos descansar. Quem sabe amanhã, se o tempo permitir, vamos ao Bosque de los Arrayanes.

Abraços.

DICAS:

  1. Um dia é pouco para aproveitar todas as possibilidades destes caminhos entre os lagos. Se tiver mais tempo, você poderá pernoitar em alguma pousada ou mesmo em S. Martin de los Andes. Há vários bons lugares para camping e as paisagens são espetaculares.
  2. A estrada está em obras e possui mais de 40km de rípio em meio a encostas e precipícios. Em alguns trechos havia vacas na pista, bem tranquilas... Dirija com atenção e prudência.
  3. Não me lembro de postos de combustível pelo caminho. Saia com o tanque cheio e complete em S. Martin de los Andes.


Rio Correntoso: ao fundo, a foz, no Lago Nahuel Huapi, conhecido ponto de "fly fishing".

Em um momento de sol, foi possível registrar a limpidez e cor da água.

Cascata na estrada para S. Martin de los Andes.

Os lupines são em espetáculo...

...por toda a estrada.

Será que estava ventando?

Heladeria Mamusia

S. Martin de los Andes

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dia 21 (com dicas)

Fomos cedo para o Puerto Pañuelo para tomar um barco e conhecer Puerto Blest. Resolvemos deixar o passeio clássico para o Bosque dos Arrayanes para Villa la Angostura. Não foi das melhores atrações. Pra começar, ontem, quando compramos os bilhetes ($424, p/ duas pessoas), foi-nos dito que não desembarcaríamos, nem foi dado nenhum detalhe adicional. Descobrimos, na hora de embarcar, que o barco não era muito novo nem muito confortável; e, somente após alguns minutos, foi-nos dito que deveríamos desembarcar em Puerto Blest e pagar mais $70 por pessoa para conhecer um tal de Lago Frías; ou permanecer lá e fazer uma caminhada de 2h45.

A esta altura, estávamos já bem descontentes com a empresa que nos vendeu o passeio (TURISUR - não recomendamos) e resolvemos não pagar mais nada. Ficamos por lá e fizemos uma caminhada pela mata, além de apreciar a paisagem do Lago Nahuel.

Saímos de Puerto Blest e, na margem oposta, atracamos novamente para conhecer o Lago de los Cántaros e a cascata homônima. Foram 613 degraus que nos levaram a um lugar muito bonito, passando, inclusive, por um alerce (árvore) de mais de 1500 anos de idade e 60m de altura.

De volta a Bariloche, pegamos o carro e saímos em direção a Villa La Angostura, 110km ao norte, onde nos hospedamos em uma cabaña muito confortável. Jantamos uma trucha (novamente), por míseros $28 (R$13) por pessoa e agora vamos descansar para amanhã conhecer o Parque de los Arrayanes.

Abraços.

DICAS:
  1. Como vocês leram acima, tivemos uma má impressão da navegação não por ela em si, mas porque nos foi vendida sem as informações corretas. Além disso, achamos o barco um pouco velho. Isso não quer dizer que você não deva fazê-la; o lago Nahuel Huapi é quase um Jardim do Éden!
  2. Existem duas empresas que fazem a navegação e ambas possuem lojas no centro de Bariloche, ali na parte turística perto das lojas. Não gostamos da TURISUR, pelos motivos acima.
  3. Vale gastar algum tempo nas lojas do centro turístico de Bariloche, onde você encontrará bons restaurantes e cafés, além de muito chocolate. Não passe vontade!
  4. Em Villa la Angostura, hospedamo-nos nas Cabañas el Viejo Marquez (AR$250 a diária) e foi um dos melhores lugares que conhecemos nesta viagem. Um chalé com toda a infraestrutura (inclusive lareira) em meio a um jardim fantástico, com churrasqueira. Nós certamente voltaríamos a Villa la Angostura para passar uns 10 dias neste lugar. Os proprietários cuidam pessoalmente de tudo e podem dar boas dicas de passeios e restaurantes. Procure pelo Sr. Omar.

Puerto Pañuelo, a 22km de Bariloche.

Gaivotas alucinadas por um cream cracker seguiam o barco...

Rio Frías, já em Puerto Blest.

Vista de Puerto Blest (ao fundo, à direita), desde a extremidade do lago.


Vista do Puerto Blest.


613 degraus acima do Lago Nahuel, o Lago dos Cântaros.

Alerce de 1500 anos de idade.

Detalhe da base do tronco do alerce.

Cascata dos Cântaros, 3o. mirador.

Cascata dos Cântaros, 2o. mirador.

Cascata dos Cântaros, 1o. mirador.
Truta ao funghi com batatas.